domingo, 16 de setembro de 2012


O amigo judeu.

Fomos eu a Roberta e a Leona, ao Posto de Saúde da Rua Vitorino Camilo para uma consulta da Roberta ao oftalmologista.
Gosto desse posto. É agradável, arejado e cheio de filas de espera. Todo tipo de gente, incluindo muitos estrangeiros. Bolivianos, chineses, africanos e haitianos.
O que me surpreendeu dessa vez foi ter encontrado um judeu na fila. Um rapaz de uns trinta anos, ruivo, barbudo, camisa branca, sapatos e calça social pretos, aquele cordãozinho amarrado na cintura, kipá e, claro, as trancinhas.
Não estava suficientemente perto para ouvir o que ele perguntou ao atendente, mas este respondeu sorrindo muito.
Ao sair o rapaz judeu nos ofereceu uma senha de atendimento que ainda tinha, nós não precisávamos, mas brincando perguntei se ele não nos daria a sua senha do banco. Ele, brincando nos disse: “talvez a do cofre”, e nos presenteou com um lindo sorriso. Foi embora e nos despedimos acenando.

Talvez nunca mais o veja. Considero-o um amigo.

domingo, 19 de agosto de 2012

XXII Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência

Neste sábado, 18 de agosto de 2012 fui ao XXII Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência. Cheguei cedo e aproveitei para tirar umas fotos da Praça Ramos de Azevedo, ao lado do Centro de Referência do Idoso onde aconteceu o Encontro.

 Ao fundo o Teatro Municipal de São Paulo.
 As janelinhas vermelhas do Shopping Light
 Palmeiras Imperiais. Lindas!


 Ao fundo o Vale do Anhangabaú.




 A Praça Ramos é conhecida como Jardim dos Gatos
 Esse senhor é o sr. Zé dos Gatos. Ele toma conta dos gatinhos. E notem, ele tomando banho de gato. Ele molha um paninho e vai, por baixo da roupa, se limpando. Ele mora na Praça.
 Vejam próximo a ele uma lata de água.
 Esse é o Marcos. Ele, que também mora na Praça, é o zelador voluntário. Ele que escreveu com pedras Jardim dos Gatos. Ele pega frutas no lixo para dar aos passarinhos. Me apontou, orgulhoso, vários sabiás.
Lamenta muito o fato de as fontes de água estarem desligadas e os banheiros públicos desativados.
Começa o Encontro.

 O fato de ser o XXII Encontro é um motivo de celebração para todos os envolvidos nessa luta.

 A grande maioria pessoas simples, vindas da periferia de São Paulo.
 Olhando para o fotógrafo a Léia.
 O Conselho Municipal está de parabéns. Manter um Encontro por 22 anos não é fácil!!

 Essa da esquerda é a Fátima.



 Adriano. Sempre vai também aos Encontros da Pastoral das Pessoas com Deficiência.
 Pelas minhas contas cerca de 200 pessoas estiveram presentes.
 Essa de calça clara e camisa preta é a Cláudia Sofia. Ela é surda e cega. Militante ativa.
 De camisa azul o Carlos Alberto, da FCD. Ao seu lado o Marcos, também da Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência.

 
De costas Sandra Reis, presidenta do Conselho Municipal e Sr. Antonino Grasso, secretário da Secretaria Municipal das Pessoas com Deficiência. Ali no cantinho o Wanderley Marques, do Conselho Estadual.
Fiquei chocado com o despreparo do Sr. Antonino. Não sabe nada de políticas públicas, menos ainda de políticas públicas para pessoas com deficiência e teve a cara de pau de falar: "qualquer coisa que se faça para as pessoas com deficiência é um grande avanço".
Qualquer coisa!!!
 O sr. Roberto Rios foi o mestre de cerimônias.
O secretário também falou outra besteira: "o próximo Encontro não se chamará Encontro de Pessoas com Deficiência, mas Encontro de Pessoas Muito Eficientes", ou seja: ele não sabe nada de nada.
Lamento que São Paulo tenha um secretário assim. Lamento que as pessoas com deficiência o aceitem.

 Rodinhas não faltaram. Incluindo as rodinhas de conversa. Ali à direita o Isaias Dias.


 Aí melhor o Wanderley Marques, presidente do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência. Boa praça.
 A simpática Marly dos Santos.
 A Conceição e eu.
 Eu e a Conceição.
 Dr. Vladimir da Defensoria Pública. Ótima escolha de palestrante!
 O Dr. Julio Botelho, do Ministério Público também participou.





 Claro que eu fotografei o banheiro. Ali no fundo o funcionário da limpeza dormindo. Mas, o banheiro estava limpo.
 Olhem a qualidade horrível do box acessível. Super estreito, o vaso muito alto e atrás de mim um depósito de baldes, rodos e vassouras.


 Fui embora por volta das 11 horas. Ainda chegavam pessoas.
 Baixos do Viaduto do Chá.
 Difícil para quem está na cadeira de rodas, baixinhos, anões e crianças jogarem lixo aí.
 Vale do Anhangabaú.
 Viaduto do Chá por cima. Ao fundo o Largo do Patriarca.
Tchau Praça Ramos. Até o XXIII Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência. 
Na verdade espero que seja em lugar melhor. Pelo menos com um banheiro melhor. E sobretudo com gestores públicos sérios e envolvidos com a causa.
Vamos em frente!!