domingo, 21 de agosto de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Yaquissoba com coentro
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Estive em Barretos
domingo, 3 de julho de 2011
A FCD é imprescindível!!
Falei sobre BPC. Fiz um pequeno histórico do Plano Nacional de Assistência Social, Lei Orgânica de Assistência Social, BPC na Escola, BPC Trabalho. Falei também sobre Residências Inclusivas, mães cuidadoras, etc.
Foi muito bom!
Cerca de 60 pessoas presentes. Na maioria, pessoas muito carentes.
A Assistência Social é um Direito!!!
Minha filha é a primeira. É a primeira!!
Notem ao fundo uma rampa para o palco. É uma escola pública municipal. Estudei também em escolas públicas. Só conheci rampas em hospitais e centros de reabilitação.
As coisas mudam, a filha cresce. Outro bebê vem vindo...
A vida é muito boa!
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Lixeira com pedal.
O setor que estou indo é o Seating, ou seja, um setor voltado exclusivamente para o atendimento de usuários de cadeiras de rodas.
Olhem a foto que tirei do banheiro de lá! Além de o vaso sanitário não ter a elevação conforme indicado na normatização técnica, a lixeira é com pedal!!!
Descendo a Rua Pedro de Toledo - Vila Mariana - São Paulo.
Bem. Metrô até a estação Santa Cruz e rodar uns oito quarteirões pela rua Pedro de Toledo. De modo geral o caminho é bom, muito acima da média paulistana. As calçadas são boas e existem guias rebaixadas em todas as esquinas. Mas, vejam as fotos: a primeira de caminhão estacionado na calçada para entrega no Shopping Santa Cruz. O motorista fugiu quando comecei a fotografar, e o segurança do Shopping se escondeu quando quis fotografá-lo também, pois tentou proteger o motorista e até impedir as fotos.
A segunda situação é de uma obra, edifício comercial, sendo construído nessa mesma rua altura do número 1650.
Essas obras costumam durar de dois a três anos. E a calçada fica assim durante todo esse tempo!
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Fiscal dos lugares por onde passo.
Buracos e mais buracos.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Minha mãe me ensinou.
Continuo fumando minha Café Creme. Se eu fosse presidente do Brasil, sairia, certamente, na imprensa: fumando cigarrilhas importadas. (São manufaturadas na Holanda com tabaco do Ceilão).
Mas, eu não vivo sem meu caderninho de apontamentos. Eu não saio de casa sem uma caneta. De jeito nenhum!
Amigos
Por outro lado, faleceu, também por esses dias, um amigo: Cleodon Silva, (Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo).
Que vazio me ficou! Que dor por não ter lhe dado um abraço, um sorriso, uma declaração de quanto o amava.
sábado, 18 de junho de 2011
Acessibilidade na prática. Minha vivência cotidiana.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Sorriso azul
terça-feira, 14 de junho de 2011
Uma visita ao Cemitério do Araça - Windows Live
Visite comigo o Cemitério do Araçá!
Durante muitos, anos passando pela Av. Dr. Arnaldo, senti vontade de visitar esse cemitério e conhecer sua arquitetura tumular. Acabei por fazer essa visita há alguns dias, num domingo ensolarado e frio.
Fiquei frustrado, a arquitetura tumular não é grande coisa.
Mas, a visita valeu a pena.
Venha comigo!
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Dias felizes
Nenhum Armênia acessível, que passa perto de casa. Peguei o Anhangabaú, e fui para a Biblioteca Mario de Andrade.
A plataforma elevatória não funcionava. Estresse. Funcionou.Vou então ao banheiro acessível. Trancado. Onde estará a chave?
Os dois funcionários que me atendem, terceirizados, negros. O rapaz, pelego, infelizmente. A menina, educada, gentil.
Reclamei mais uma vez. Fiz chamar a gerente. Tudo vai dar certo.
Nao encontrei a Ritinha, da recepção, que nos pergunta o numero do RG e guarda pertences.
A outra que também gosto, menina/menino, não estava.
Peguei um Mario Faustino e um Alberto Moravia. Fui embora.
Eia, eia, cadeirinha!
Cronica de uma viagem à Brasilia.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Auto proclamado: Fiscal de Todos os Lugares por Onde Passo!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Eu sou Tuca Munhoz.
Recentemente foi lançado o livro “História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil”. Esse livro, em bela edição patrocinada pela Secretaria de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Governo Federal, faz uma retrospectiva dos últimos trinta anos desse movimento, do qual tive, e tenho a honra e a alegria de participar.
Para contar um pouco dessa história peço licença a você leitor para fazer um paralelo entre a história desse Movimento e a minha história pessoal, enquanto um homem comum e enquanto ativista pelos direitos das pessoas com deficiência.
Nos idos de meus 19 anos, há exatamente 34 anos atrás, tive meu primeiro emprego de verdade, com carteira assinada e todas essas coisas. Eu o considerava um emprego de verdade porque ficava longe de casa, tinha que pegar dois ônibus. Antes disso trabalhei pertinho de casa, numa banca de revistas e numa papelaria.
Essa minha história começa justamente nesses dois ônibus que eu tinha que tomar, para ir de São Caetano do Sul, onde morava, até a Av. Paulista, onde ficava a sede do Banco Real, meu empregador.
Passava todos os dias por uma situação que considerava constrangedora e desagradável. Naquela época, em razão de sequela de paralisia infantil adquirida aos 11 meses de idade, eu usava duas muletas axilares e aparelhos ortopédicos nas duas pernas. Não conseguia subir no ônibus sozinho e tinha que pedir ajuda a algum passageiro, ao motorista ou ao cobrador.
Angustiava-me muito a autoimagem que fazia de ser uma pessoa “errada”, nem ao menos conseguia subir em um ônibus, todos conseguiam fazê-lo, menos eu! Sofria com isso, e odiava minha deficiência, odiava, portanto, a mim mesmo, porque a deficiência fazia parte de mim.
Um dia ao voltar para casa, justamente aguardando o ônibus na Av. Paulista, alguém me entregou um folhetinho que convidava para uma reunião de pessoas com deficiência que aconteceria no Colégio Anchietano, na qual se pretendia discutir os nossos direitos.
Fiquei muito ansioso para participar dessa reunião! Que direitos poderíamos ter?
A única experiência que eu tinha até então com outras pessoas com deficiência, e isso desde a infância, era em hospitais ou em centros de reabilitação, onde tentavam me “consertar’ com inúmeras cirurgias, tratamentos e fisioterapia intermináveis.
Finalmente chegou o dia dessa reunião, que eu lembro ensolarado. Deviam estar presentes cerca de 20 pessoas, entre pessoas com deficiência, todas muito jovens, na faixa de 20 anos, por aí, mais alguns amigos e parentes. Eu fui com minha tia Tereza e com meu primo Paulo, que me deram carona no velho fusquinha branco, apelidado Getúlio.
Me assustava discutir a deficiência, pois estaríamos discutindo nossos corpos, pois é em nossos corpos que está a deficiência. Sim. Isso é verdade. Mas, eu estava enganado. O que sempre havia aprendido, e havia aceitado, é que não conseguia fazer uma série de coisas, como subir em um ônibus, porque havia um problema em meu corpo.
Passo imediatamente para o tempo presente, ano de 2011. Hoje, sobretudo em razão da idade, abandonei as muletas e o aparelho ortopédico e uso cadeira de rodas. Podemos considerar que minha deficiência se agravou. No entanto, hoje, eu posso subir em um ônibus! O que aconteceu? Eu mudei? Não, não mudei. Continuo sendo uma pessoa com deficiência. Com até mais limitações do que quando tinha 19 anos. O que mudou então?
Eu descobri, naquela reunião, em meus 19 anos, compartilhando experiências, sentimentos e aprendizados, que o problema em não acessar ônibus, e uma série de outras coisas, como andar pela cidade, trabalhar, estudar e muitos outros direitos negados às pessoas com deficiência, não era um problema que estava em nossos corpos, mas estava sim, no corpo social.
Aprendi isso. Caiu a minha ficha. E naquela época estavam caindo fichas de muitas outras pessoas com deficiência. Foi quando o nosso Movimento amadureceu e intensificou a luta. Luta que não terminou, mas que nos permite hoje celebrarmos muitas conquistas, e, sobretudo termos a clareza que as pessoas podem ser felizes, contribuir para a felicidade de outros, contribuir para um mundo melhor mesmo sendo diferentes, mesmo que seus corpos sejam frágeis e limitados. Não podemos, no entanto, aceitar que a sociedade nos limite.
Tenho modestamente, apoiado em minha família e rede de amigos, feito a minha parte. Contribui para a criação da Pastoral das Pessoas com Deficiência da Arquidiocese de São Paulo, na qual acredito muitíssimo e tenho certeza fará um grande papel na continuidade de nossa História.
Faço também, (com a participação de outras pessoas), um programa de rádio, o Minuto da Inclusão[1] no qual divulgamos informações, notícias e dicas para as pessoas com deficiência, e suas famílias, procurando fortalece-las na busca por seus direitos e na sua autoestima. Para que tenham a clareza de que a inclusão plena e a dignidade das pessoas com deficiência será resultado e fruto de uma sociedade justa e fraterna!
Tuca Munhoz
Pastoral das Pessoas com Deficiência da Arquidiocese de São Paulo
pastoralpessoascomdeficiencia@gmail.com
[1] O Minuto da Inclusão é veiculado por centenas de rádio por todo o Brasil. Se não passar na rádio que você costuma ouvir, acesse www.radioagencianacional.ebc.com.br