domingo, 16 de setembro de 2012


O amigo judeu.

Fomos eu a Roberta e a Leona, ao Posto de Saúde da Rua Vitorino Camilo para uma consulta da Roberta ao oftalmologista.
Gosto desse posto. É agradável, arejado e cheio de filas de espera. Todo tipo de gente, incluindo muitos estrangeiros. Bolivianos, chineses, africanos e haitianos.
O que me surpreendeu dessa vez foi ter encontrado um judeu na fila. Um rapaz de uns trinta anos, ruivo, barbudo, camisa branca, sapatos e calça social pretos, aquele cordãozinho amarrado na cintura, kipá e, claro, as trancinhas.
Não estava suficientemente perto para ouvir o que ele perguntou ao atendente, mas este respondeu sorrindo muito.
Ao sair o rapaz judeu nos ofereceu uma senha de atendimento que ainda tinha, nós não precisávamos, mas brincando perguntei se ele não nos daria a sua senha do banco. Ele, brincando nos disse: “talvez a do cofre”, e nos presenteou com um lindo sorriso. Foi embora e nos despedimos acenando.

Talvez nunca mais o veja. Considero-o um amigo.